O nome desta gaita, não interessa para nada. Interessa aquilo que aqui for postando dia a dia, ou à noite...Como só tenho um neurónio disponível, é muito certo que saia asneira de vez em quando, ou quase sempre...
O nome desta gaita, não interessa para nada. Interessa aquilo que aqui for postando dia a dia, ou à noite...Como só tenho um neurónio disponível, é muito certo que saia asneira de vez em quando, ou quase sempre...
Ultimamente, é frequente ouvir-se nos noticiários qualquer coisa sobre plantações de haxixe, liamba, ou lá como lhe queiram chamar, nos quintais, aí por esse país. Nada de anormal, fora o facto da maioria dos "agricultores", dizer que não sabia do que se tratava: "_ Ah, eu não sabia e tal, foi um rapazote que me deu umas sementes, e eu fui testar, mas não sabia e tal, lancei as sementes e tal, e olhe nasceram aí umas plantas, pá aí, umas dezenas delas, e tal, não tive culpa, eu nem sabia o que era." Outro: "_ Eh, pá, um rapaz estava a fumar disso, deu-me umas 6 sementes, e eu joguei-as fora aí no quintal, e depois nasceram uma plantinhas, e olhe achei-as engraçadas e deixei ficar, pela graça, nunca pensando, que fosse dar uma barraca destas, e tal. ( Na casa deste apanharam 290gr de sementes, uma série de plantas já crescidas e a secar, e uma dezena de sacos com "erva", já embalada). " Pois, e o Pai Natal existe, o Coelhinho da Páscoa também, e o pessoal planta no quintal coisas que não conhece, a ver quem sabe se é um pé de feijão, que os leva á galinha dos ovos de ouro. Eu gostava de acreditar que mesmo no interior profundo ainda existe esse tipo de inocência, mas tá difícil. Onde moro, já há mais de 25 anos, tive dois pés dessa porcaria no quintal, que um tio trouxe, mas há 25 anos, já isso era ilegal, e o meu pai, acabou logo com isso. E moro no campo, e nessa época o obscurantismo ainda abundava por aqui, e mesmo assim, até eu que era "pitusquela", sabia o que eram as plantas que estavam a crescer, até que as vi morrer no fogo, para evitar males maiores. Portanto, não saber o que são 20 plantas que se tem no quintal, já é inocência a mais.
A casa estava calma, a televisão estava desligada, só se ouviam os pássaros na rua e os automóveis que passavam na estrada, alguns a tal velocidade que nem dava para ver o modelo, apenas se eram de cor clara ou escura, mas isso, não incomodava a rapariga. Algumas vezes o silêncio era interrompido pelos aviões da base aérea próxima, que teimam em fazer exercício por aquelas bandas, voando tão baixo que as janelas tremem de vez em quando, e não raras vezes ainda fazem looping sobre os telhados, e isso sim, assusta a pobre rapariga que tem medo que um lhe caia em cima da casa. Subitamente, aquela aparente calma é quebrada, ouve-se um barulho bem conhecido de um veículo a motor, e ela já sabe que o silêncio só voltará a reinar, pela noite já bem profunda. Mal chega a casa, a matrona, nem se digna dizer bom dia, para começar imediatamente a barafustar, por tudo, e por coisa nenhuma. Aquele ser, é tão chato de aturar, que a rapariga, já farta de tanta gritaria frequente, já ganhou capacidade para isolar o barulho, longe dos seus ouvidos, e não lhe dá troco, mas sabe que a ladainha irá durar até bem depois da hora do jantar, ou não se repetisse todos os dias. A gritaria, surge pelo menor motivo, mas o que se pode esperar de alguém, que desconfia da própria sombra. Os outros habitantes da casa, também fazem ouvidos de mercador, mas por vezes, e como ninguém é de pau, acabam por ter de entrar na discussão, e aí parece que rebenta uma guerra, donde nunca saem vencedores. O sr da casa, é que nunca dá tréguas, e com ele a guerra, já dura há longos anos, sempre non stop, fazendo com que, quando estão os dois em casa, pareça que o inferno desceu á terra, o que em abono da verdade, é todos os dias. Aquela casa parece um campo de conflito do Médio Oriente, sem os bombistas suicidas, mas com "explosões" de grande monta, só não caem paredes. A vizinhança deve achar que naquela casa é tudo doido, e muito francamente, a rapariga já não sabe se sim, se não, mas sabe que um dia vai abandonar aquele campo de guerra, vai ser uma "refugiada", mas vai ter Paz.