O nome desta gaita, não interessa para nada. Interessa aquilo que aqui for postando dia a dia, ou à noite...Como só tenho um neurónio disponível, é muito certo que saia asneira de vez em quando, ou quase sempre...
O nome desta gaita, não interessa para nada. Interessa aquilo que aqui for postando dia a dia, ou à noite...Como só tenho um neurónio disponível, é muito certo que saia asneira de vez em quando, ou quase sempre...
Ela deitou-se, e chorou! Chorou tudo o que havia para chorar, embora chegasse a chorar sem lágrimas, estava seca, mas logo percebeu o ponto em que estava. Estava no chão, daí para baixo nada mais havia, portanto agora teria que subir. Percebeu que não tinha perdido nada. Ele não tinha sequer chegado a gostar dela, quanto mais a amar, ela não tinha passado de um jogo nas mãos de um garoto. Ela tinha uma certeza, que guardou apenas para si, e sorriu, sorriu após alguns dias de tanto sofrimento. Ainda haveria de ser feliz, sozinha, ao lado de alguém, não queria saber, de uma coisa tinha certeza, nada tinha perdido, a vida tem razões que a razão desconhece, e o mundo dá muitas voltas. Sabia que ainda iam haver dias maus, mas estava preparada para eles, já não seriam novidade. A dor continuava por lá, mais serena, ainda pronta para emergir a qualquer momento se alguém tivesse a ousadia de a despertar, mas ela ia dar troco, afinal o que não nos mata, torna-nos mais fortes.
Ela continua de rastos sem conseguir verter uma lágrima... a coisa vai acabar mal. Tem um nó imenso na garganta, mas nada sai, o coração debate-se com a dor que a consome, e não reage aos estímulos que recebe. Vai passar outra noite em branco, em que vai continuar agoniada, com vontade de chorar, deitar tudo para fora, sem o conseguir fazer. As forças do corpo começam a fraquejar, quem sabe quando se lhe acabarem ela consiga finalmente render-se à dor e chorar, chorar até não conseguir mais, deitar tudo para fora, e finalmente descansar.
Ela foi para a praia com um nó na garganta e um turbilhão nas ideias, que achou que iria conseguir eliminar. Várias vezes tentou apagar o sufoco que teimava em assombrá-la, mas não conseguia. Mal as lágrimas se assomavam, secavam de imediato. Nem conseguia chorar, tal a dor que a consumia. Precisava encontrar forças suficientes para se libertar daquele peso. A quietude da água não ajudava em nada, e os pensamentos dela rodopiavam entre o que sentia e o que queria conseguir sentir. Ela queria apenas conseguir chegar à indiferença, chegar ao tempo em que se lhe dissessem que ele havia morrido, ela conseguisse ignorar da mesma forma que conseguiu fazer na semana anterior quando morreu o amigo do pai, que tanto prejudicou a sua família. Queria chegar ao ponto em que para ela, ele fosse apenas uma pedra da calçada. Tentava por todos os meios controlar-se, não lhe enviar uma mensagem para apenas lhe dizer Adeus, mas achou que nem isso ele merecia... Penitenciou-se por ser tão burra, por ter achado que ele merecia todo o seu amor, que ele a quisesse como a fizera crer. A sua mente não conseguia desligar e ela sabia que iria piorar, a mola que a mantinha calma e serena, segura à vida, partiu.
A partir de agora podia a qualquer momento perder o controlo de si mesma e fazer alguma asneira, e tantas que lhe passavam pela cabeça, podia descontrolar-se e deitar tudo a perder se se confronta-se com a mãe... Pedia aos Deuses e a todas as Fadas que a ajudassem a não perder o controlo e não descarregar a raiva que sentia. Mas como, se a mola que a segurava se havia partido... Tinha de tomar decisões para o seu futuro ou seria o fim de tudo, bastava descontrolar-se e deitaria tudo a perder.
Olhou para o mar e para a corrente que naquele momento se fazia sentir com o vazar da maré... o que lhe passou pela cabeça naquele momento só não se realizou porque... mas desejou que por alguma circunstância desta vida, esta se lhe acabasse, desejou que a morte viesse e a levasse de uma vez. Evitava assim sentir a dor que a consumia, e descontrolar-se e fazer ela própria alguma doidice. 26 de Março... em 16 anos era a segunda vez que este dia ficava marcado negativamente na sua vida...
Ela queria chorar e não conseguia, e necessitava mesmo de o fazer, sabia que a dor só iria aliviar se o conseguisse. Lembrou-se das palavras da amiga, que ela era uma lutador e que nuca desistia... era verdade, no entanto, sabia e sentia que jamais voltaria a acreditar no amor. A vida havia-a traído, desferira-lhe um golpe fundo, que mesmo que sarasse, deixaria uma marca que não a ia deixar esquecer... até o nome que havia escolhido se tivesse uma filha, era agora o nome daquela por quem acabara de ser trocada... que ironia... Lembrou-se de uma garrafa que tinha guardada em casa para repartir com ele... ironia da vida, agora seria apenas e só sua, inteira... pena que só se poderia degladiar com o puro malte quando estivesse só em casa... mas ia conseguir...
Ela sente o chão a fugir-lhe debaixo dos pés… como se de repente a terra tremesse e o chão se abrisse perante ela e se preparasse para a engolir. Ao mesmo tempo sente o veneno da picada de um escorpião a entrar-lhe no sistema sanguíneo, veloz como um raio, os pulmões começam a contrair lentamente e o ar que deveria faze-la respirar está longe de cumprir o seu caminho, ao mesmo tempo que o seu cérebro começa a ceder perante as imagens que passam em flash-back, aceleradas. Sente náuseas, arrepios que lhe percorrem da cabeça aos pés, ao mesmo tempo que suores lhe escorrem pelas costas, o seu coração contrai-se perante esta dor tão atroz. Porquê? Ainda é o pensamento que o cérebro dela consegue traduzir, dos últimos acontecimentos da sua vida, o que se passou? Sem conseguir entender mais nada, o veneno já se espalhou pelo seu corpo e lentamente se instalou no seu coração. O cérebro recebe mais uma ordem do coração, de hoje em diante jamais voltará a amar, apenas destilará todo o veneno com que foi picada… sem dó nem piedade...
Finalmente estou de férias! Demorou, mas consegui! E agora com tanto tempo disponível nem sei que vou fazer com ele... se por um lado tenho tanta coisa para fazer, por outro não me apetece gastar o tempo das férias com limpezas e arrumações... e lá fora o sol convida a uns passeios daqueles que tanto gosto pela beira-mar. Depois tenho as coisas do meu carro "novo" para tratar, como ir levá-lo a uma limpeza profunda, fazer a troca das escovas limpa-vidros, o rádio novo, que não gosto deste que vem no carro, etc e tal. Além disso comprei uma briga feia em casa, porque a minha mãe não queria que eu comprasse o carro, que ia usando o do meu pai, que assim o meu pai (que não tem carta) vende o carro, que não vai usar o carro , que vai estar parado, enfim uma imensidão de desculpas para me fazer ter as despesas de manutenção, e tudo o que dá despesa num carro mas no fim não ter carro. Então se é para ter despesas comprei um e agora posso dizer o "meu carro"! Depois da banhoca e da limpeza eu ponho as fotos do meu rodinhas. E agora vou ver se gozo as férias, que já merecia há muito tempo...
Odeio, odeio, odeio, odeio, odeio... a cadeira do dentista. Felizmente é só uma vez por ano, não dói, mas fico tão tensa nos 15 minutos que estou naquela cadeira, que quando saio, venho tão, mas tão cansada, mais parece que fui atropelada pela MAN da Elisabete Jacinto no Dakar. Não consigo relaxar um minuto que seja. Ai que ódio. Pró ano há mais...
Se eu já acho que os humanos estão doidos, agora tenho certeza. O mundo está de pernas para o ar com a crise, e nas notícias só se houve falar de falências, despedimentos, redução de efectivos, etc e tal. Hoje rezava a história que um empregado de uma multinacional algures no norte deste país, perante o lay-of que havia sido acordado para esta semana, se apresentou ao trabalho todos os dias. Na entrevista, declarava então o sr. frente à câmara de tv que tinha feito planos para ir de férias com a mulher e os filhos, no Verão, provavelmente até para fora, e que lhe estavam a gastar as férias com os lay-of, e quando chegasse ao Verão não iria ter férias para gozar, que gostava era de ter férias no verão, e assim não podia ser... E agora pergunto eu: e chegar ao Verão e ver que lhe marcaram férias definitivas, hum, que tal? Francamente, eu não percebo, as pessoas preferem ir para o desemprego, a conservar o posto de trabalho e ter comida na mesa, ainda que tenham de fazer um esforço para ajudar a empresa onde trabalham a não fechar portas. Será que não vêm as notícias? Será que só pensam a olhar para o umbigo? Depois ouvimos nas notícias que em Portugal o nível de produção é dos mais baixos da Europa... por isso, não há investimento em Portugal... Depois, emigra-se, e nos países para onde emigram, trabalham 14 horas por dia, e não se queixam... Dentro de portas querem é férias no Verão, e se há crise, que se lixem os lay-of, as férias é que contam. É certo que muitas empresas abusam dos trabalhadores, mas também é certo que em Portugal a produção é mesmo baixa, e que nas fábricas em geral, ninguém se esforça para melhorar, e isto sei eu, com toda a certeza deste mundo, que já trabalhei em algumas. Eu prefiro fazer um esforço e conservar o meu trabalho, mesmo que até nem gostasse dele por aí além. Vale mais um pássaro na mão, que ir de férias no Verão e quando voltar verificar que não tenho mais trabalho, que a empresa fechou portas... e não ter pássaro nenhum... nem a voar.